segunda-feira, 26 de março de 2012

Estímulos precoces ajudam criança com Síndrome de Down


O diagnóstico da síndrome de Down deixou, há tempos, de ser uma sentença que determina o potencial de alguém. Com uma expectativa de vida cada vez maior e maior qualidade de vida.

Mas o que faz com que as crianças com a síndrome consigam desenvolver ao máximo ainda é tema de discussão enquanto vão à universidade e estão cada vez mais incluídas socialmente.

"O tratamento e acompanhamento das patologias associadas faz uma grande diferença", diz Fabíola Pelissoni Vicente, médica geneticista da Apae de São Paulo.

Isso porque pessoas com Down têm mais probabilidades de ter doenças como problemas cardíacos, hipotiróidismo, doença celíaca e leucemia.

As doenças cardíacas podem atingir cerca de 50% das crianças com Down. Se não receberem tratamento, podem afectar o desenvolvimento da criança como um todo e ter repercussão noutros sistemas, como o nervoso.

Problemas de visão, audição e tonificação muscular também são obstáculos ao desenvolvimento e à aprendizagem, independentemente do atraso intelectual. É por isso que o acompanhamento médico deve ser feito desde o começo e ser constante, explica Vicente.

A estimulação deve ser iniciada o quanto antes, diz Patricia Tempski, médica e coordenadora do ambulatório de cuidado à saúde da pessoa com síndrome de Down do Instituto de Medicina Física e Reabilitação, ligado à USP.

A equipa deve ter fisioterapeuta, terapeuta da fala e ocupacional para aprimorar a dicção, a força muscular e outras habilidades.

"O maior ganho para crianças com ou sem síndrome de Down acontece nos primeiros anos de vida, quando se desenvolve a capacidade de os neuronios formarem novas conexões", diz Vicente.

Quantificar ou prever esse ganho, porém, não é uma tarefa possível, diz Tempski.

"Todo o investimento é colhido, mas o quanto cada criança vai desenvolver depende de um conjunto de fatores, como o acompanhamento médico, a estimulação pela família e doenças associadas, como o autismo."

Há diferentes apresentações do padrão genético da síndrome. No tipo mosaico, uma percentagem pequena de células afetadas pela alteração genética pode levar a um desenvolvimento maior, quase idêntico ao de uma pessoa sem a síndrome.

Tempski diz ainda que o enfoque dos pais e da equipa deve ser na autonomia da pessoa com Down.


Fonte: http://www.portaldacrianca.com.pt/noticiasn.php?id=431

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