segunda-feira, 19 de março de 2012

Atividade física melhora metabolismo cardíaco das crianças e adolescentes

Os rapazes são mais ativos e gastam em média cerca de 55% mais de tempo em atividades físicas do que as garotas.

Mais tempo diário dedicado a atividade física melhora a saúde do metabolismo cardíaco, revela um estudo global sobre o impacto da atividade física e do sedentarismo nas crianças e adolescentes, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

Este trabalho, intitulado Actividade Física Moderada e Intensa, Sedentarismo e Factores de Risco Cardiometabólicos em Crianças e Adolescentes, contou com a colaboração de um grupo de investigadores do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Incidiu sobre um universo de 20.871 crianças e adolescentes entre os 4 e os 18 anos, tendo sido usada uma abordagem meta-analítica que combinou dados agrupados de 14 estudos realizados entre 1998 e 2009 na Austrália, Brasil, Europa e EUA.

A atividade física e o sedentarismo foram medidos objectivamente para tornar possível a análise do impacto das duas variáveis na saúde cardiometabólica das crianças e dos adolescentes. Para o efeito, os investigadores avaliaram o perímetro abdominal, a pressão arterial sistólica, os triglicéridos, o colesterol-HDL e a insulina.

Os resultados mostram que 74,9% dos observados têm um peso considerado normal, 17,7% têm excesso de peso e 7,4% são obesos. A análise indica também que os rapazes são significativamente mais ativos do que as garotas e gastam em média cerca de 55% mais de tempo em actividades físicas moderadas.

 Verificou-se também que as crianças e adolescentes que praticam com maior frequência atividade física moderada ou intensa acumulam mais de 35 minutos por dia nesse nível de intensidade, comparado com pouco menos dos 18 minutos por dia das crianças e adolescentes com menor frequência de actividade física.

Os resultados deste estudo sugerem que a prática de exercício físico moderado e intenso está associada a menores concentrações de triglicéridos em crianças com peso normal ou excesso de peso. Por outro lado, melhora a sensibilidade à insulina em crianças com peso a mais e reduz a pressão arterial sistólica nos adolescentes.


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