Renata Meirelles, desde o inÃcio de sua formação em Educação FÃsica, se
interessou pelas manifestações corporais infantis, em especial por
aquelas de crianças com realidades diferentes da sua. Desde abril de
2012, acompanhada pelo documentarista David Reeks, a educadora percorre
comunidades rurais, indÃgenas e quilombolas, grandes metrópoles e
cidades do sertão e do litoral, registrando o que expressam as crianças
brasileiras por meio de seus brinquedos e de suas brincadeiras. As
viagens são parte do projeto Território do Brincar e, com o apoio do Instituto Alana, seguem até dezembro de 2013.
Em
cada comunidade visitada pelo projeto é realizado encontro com lÃderes,
educadores, familiares e crianças. Os objetivos e as dinâmicas do
trabalho são explicados e são exibidos vÃdeos das brincadeiras de outras
regiões. “A linguagem do brincar é entendida na própria brincadeira.
Cada um, adulto ou criança, consegue ver-se na brincadeira dos outros,
consegue sentir-se representado nas imagens que foram feitas bem
distantes dali. Tivemos até um menino que não aguentou acabar de ver os
filmes, saiu e foi construir seu próprio pião, como o que estava sendo
exibido na tela”, contou.
Além das visitas a comunidades em todo o paÃs, o Território do Brincar também
desenvolve atividades com algumas escolas parceiras, como os diálogos
sobre o que é observado nas diferentes regiões e sobre como esse brincar
se reflete na prática do educador. O
material produzido em campo é divulgado entre as escolas por meio de
reuniões mensais via internet, quando se discute também a repercussão do
conteúdo no ambiente escolar. Por sua vez, as escolas registram, no site do projeto, suas experiências.
Bernardo Vianna / VIA blog
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